Construção do emissário da margem direita do Arrudas, nas proximidades da ponte do Perrela no final da década de 1920.
Fonte: APM
Mais de vinte anos após a inauguração da capital, seriam retomadas as obras de construção do grande emissário da margem direita do ribeirão Arrudas, que seria responsável pela coleta de todo o efluente recebido da zona planejada de Belo Horizonte, ainda em construção.
O emissário era visto como a solução dos problemas sanitários da "cidade oficial", que sofria com o mau cheiro dos rios urbanos, que recebiam toda a imundice das residencias e das pequenas industrias, despejando-as no Arrudas. Um retrato da incompetência e conveniência do poder público, ao tomar a infeliz decisão de despejar os esgotos nos cursos d'água após a inauguração da nova capital.
Após a conclusão, ainda que parcial, do emissário, grande parte dos esgotos da zona planejada passaram a ser conduzidos para fora da cidade oficial, despejados poucos metros abaixo da ponte do Perrela, sem cerimônia alguma. O problema na verdade não foi solucionado e sim "empurrado" pelo poder público para além da Contorno. E os esgotos continuaram a ser despejados no ribeirão.
Falarei mais sobre o ribeirão e as suas mazelas no livro Rios Invisíveis da Metrópole Mineira, que será lançado ainda este ano, Aguardem.
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