Devido à mudança nas regras do Issuu, que limitou o acesso aos arquivos grandes, o livro Arraial de Bello Horizonte, publicado no ano de 2019 pode ser baixado no link abaixo:


Boa leitura a todos e um ótimo 2024!

 

Entroncamento das estrada para os Fechos (Speedway) e estrada Belo Horizonte-Macacos 
(Trilha Perdidas) no ano de 1952. Imagem encontrada e identificada durante as pesquisas.
Acervo APCBH/ASCOM

Link para leitura: CLIQUE AQUI    

     Três anos para encontrar a história da icônica Trilha Perdidas.

Ou, três décadas. Foi lá nos anos 1990 que @borsagli começou a pedalar por este emaranhado de caminhos nas bordas de Nova Lima com Belo Horizonte, ligando os Ribeirão de Macacos e Mutuca.

@bernardobiagioni só apareceu para pedalar e correr aqui nos anos 2000. Mas, escrevendo um artigo sobre o Forte de Brumadinho, em 2020, encontrou o rumo da Trilha Perdidas em um mapa de 1936. E, depois, em documentos do século XIX.

     Mas, peraí, a Perdidas não era essa trilha aberta pelas motos?

Depois de três anos em intensas correspondências digitais, com mais de 30 horas de áudios e infinitos documentos trocados, publicamos enfim o artigo Das Tropas às Trilhas.

Mais do que a história da Perdidas, este trabalho é uma investigação profunda dos primeiros caminhos que definiram a ocupação do hoje chamado Quadrilátero Aquífero
Ferrífero. E, adivinhe só: a Perdidas sempre esteve por aqui!

À todos os motoqueiros, trilheiros, jipeiros, ciclistas, corredores, caminhantes e entusiastas em geral, fica o convite para a leitura. O artigo se encontra publicado no Cadernos de Geografia do PPGG TIE PUC Minas (Qualis da Geografia A1), com link em nossos perfis.

Espalhe e marque aqui quem possa se interessar. Que a mãe das trilhas tenha o seu valor reconhecido e não se perca em meio aos extravios morais de nossa sociedade. Que continue proporcionando às gerações futuras o que ela proporcionou e proporciona para a nossa.

     Quem sabe ainda dá tempo de salvar este caminho e esta história dos tempos estranhos que se anunciam no horizonte?




 

Acervo AGC

Complexo da Pampulha ano 80: no que diz respeito ao meio ambiente e as águas represadas do ribeirão Pampulha não há nada para se comemorar. A moldura do Complexo Arquitetônico se encontra há décadas degradada, marginalizada, abandonada. 


A Pampulha é bela, é tricentenária, não é apenas modernista, não se resume a uma represa e nem foi inventada por JK.


Ainda assim, segue um pequeno resumo publicado por @borsagli nos anos de 2014, 2016 e 2017:

 

“A represa da Pampulha foi construída na bacia do ribeirão Pampulha, formado pelos córregos Ressaca e Sarandi, entre outros pequenos afluentes. A represa, cuja construção se iniciou na gestão de Octacílio Negrão de Lima (1935-1938) tinha como objetivo o abastecimento de água da capital e proporcionar um espaço para a prática de esportes aquáticos, dentro do desenvolvimento do lazer promovido na Era Vargas para a população dos centros urbanos.

 

Em 1941 a represa foi transformada em área de lazer para a população belorizontina e seria amplamente utilizada pela administração Juscelino Kubitscheck e demais administrações municipais para promover a urbe mineira como uma capital moderna e como atrativo turístico de uma cidade de meia idade. A estratégia de projeção da região se completou com a construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, cujo projeto coube a artistas e arquitetos conhecidos pelos trabalhos de vanguarda realizados na década anterior.

 

De acordo com JK, a construção do Complexo era imprescindível, pois não se podia frear o desenvolvimento urbano de Belo Horizonte, sendo necessária a continuidade do crescimento urbano para as regiões mais afastadas, projetando a capital como um dos grandes centros urbanos brasileiros, na vanguarda do modernismo e do morar moderno:

 

"A Pampulha era uma imposição do progresso da capital, traduzido no crescimento constante da área edificada e na projeção vertical das construções, quando os arranha-céus vieram substituir casas velhas e sem conforto. Compreendemos ser a ocasião propícia para dar a cidade uma série de atrações que em outros centros de população densa constituem fator preponderante para o desenvolvimento do intercâmbio turístico, uma das mais rendosas indústrias que podem contar as cidades" (JK, 1943).


Acervo Alessandro Borsagli

Rios Invisíveis da Metrópole Mineira

gif maker Córrego do Acaba Mundo 1928/APM - By Belisa Murta/Micrópolis