Avenida do Contorno e Sub-adutora Redondo/Menezes atravessando o Ribeirão Arrudas (a montante) em 1966.
Fonte: APCBH/ASCOM 

   A década de 60 foi marcada pelo caos urbano em quase todos os setores, desde o saneamento básico até a limpeza de ruas e a coleta de lixo. Quem mais sofria com esse caos era a população de baixa renda, que penava com a falta de água encanada e a coleta de esgoto (houve nessa década diversas epidemias em Belo Horizonte que assolaram principalmente a população carente). A questão das moradias também se agravou e o número de moradores de rua aumentou consideravelmente ao longo da década, sendo que a grande maioria se concentrava nas áreas mais próximas ao centro da capital. 
    Esse período se caracterizou pela grande favelização, talvez proporcionado não só pela metropolização, mas também pelos movimentos sociais que surgiram entre 1960 e 1964, período em que as invasões e ocupação de áreas inabitadas e inabitáveis se espalharam por toda Belo Horizonte, desde morros adjacentes aos bairros até as margens das linhas férreas e as margens dos cursos d’água (recomendo a leitura do subcapítulo “As Favelas da Capital” dentro do Artigo dedicado a Década de 50).
    A imagem acima, feita em 1966 é um dos registros do desfavelamento de diversas áreas promovido pela Prefeitura dentro do Programa Nova BH 66. O local acima, mais precisamente o cruzamento da Avenida do Contorno e Rua Conquista serviu como moradia para diversas famílias, que se abrigavam debaixo da ponte que existiu nesse local até a década de 80, demolida quando do alargamento da calha do Ribeirão Arrudas.


 
Moradores de Rua na margem esquerda do Ribeirão Arrudas em 1966, no cruzamento da Avenida do Contorno e Rua Conquista.
Fonte: APCBH/ASCOM 

Rios Invisíveis da Metrópole Mineira

gif maker Córrego do Acaba Mundo 1928/APM - By Belisa Murta/Micrópolis