Inaiá e as Arrudas, exposta na Casa das Artes Bissaya Barreto em Coimbra


A imagem "Inaiá e as Arrudas", de minha autoria, foi vencedora no International Competition of Ethnographic Photography: "UrbanAct. Images of Environmental Action and Activism in the City", e foi feita durante as gravações do filme Olhos de Inaiá no ano de 2016. O concurso foi promovido pela @ucoimbra e @cias_uc

O júri do concurso foi presidido pela vice-reitora da Universidade de Coimbra, Cláudia Cavadas, e teve como integrantes Alexandre Lemos, Cristina Padez, Michael Herzfeld, Sara Dias-Trindade, Tiago Castela e Gonçalo D. Santos.

Abaixo uma parte do texto que acompanhou a imagem, exposta em Coimbra:

"Inaiá, índia que reinava nos bosques e matas brasileiras, ao se deparar com a aridez urbana, onde as águas se tornaram cinzentas e as matas foram substituídas pelo concreto estático, errático, apático, apenas observa. Sem o seu verde ciliar, sem as Arrudas que forravam o seu território e que hoje dá nome ao rio, ela contempla o que restou do seu habitat, antes belo, hoje mutilado e fragmentado pela urbe. A imagem, obtida durante uma intervenção realizada em 2016, chama a atenção para o conjunto de elementos que integram a paisagem da cidade de Belo Horizonte, que abrigava frondosas matas e águas puríssimas, que acabaram por dar lugar ao asfalto e ao concreto durante o processo de evolução urbana da capital do Estado de Minas Gerais.

A imagem, resultante da dinâmica urbana-antrópica-ambiental característica das grandes cidades brasileiras, onde ao verde e imposto o controle ou o desaparecimento, é uma parte de um todo que visa promover a reflexão das consequências decorrentes de um modelo urbano que contribuiu de maneira decisiva para o rompimento entre as sociedades urbanas e os elementos naturais, antes vistos como imprescindíveis para a vida e atualmente vistos por muitos como elementos alienígenas em meio urbano".


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