Um dos recantos instalados na Praça 15 de junho, no bairro
Santo André. Acervo APCBH/ASCOM

      Ao ler uma notícia na página BH pela Infância, a respeito da obrigatoriedade da instalação de brinquedos para as crianças nas praças de Belo Horizonte, e da tentativa da municipalidade em barrar juridicamente a instalação dos equipamentos, lembrei de uma passagem publicada no livro BH em Pedaços no ano de 2016, quando a administração de Celso Mello de Azevedo (1955/1959) instalou em diversos locais da capital equipamentos destinados ao lazer das crianças, que não se restringia às praças, chegando a ocupar inclusive os largos canteiros centrais das avenidas, cena inimaginável na atualidade, em um momento em que a cidade ainda era pensada para as pessoas, uma realidade que rapidamente se alterou nos anos seguintes.
      Abaixo alguns dos exemplos de uma paisagem desaparecida em meio a metropolização de uma cidade que trocou o convívio, o verde e a cordialidade e polidez pelo individualismo veicular e pelo cotidiano cinzento e arrogante de parte de uma sociedade que desconhece o seu passado e o seu futuro.

  
Avenida Carandaí.
Acervo APCBH/ASCOM

Avenida Brasil.
Acervo APCBH/ASCOM

Avenida Bias Fortes.
Acervo APCBH/ASCOM


Referência: BORSAGLI, Alessandro. Belo Horizonte em pedaços: fragmentos de uma cidade em eterna construção. Belo Horizonte, Clube de Autores, 2016, (214 p.) *p.146.


Rios Invisíveis da Metrópole Mineira

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