Bacia do córrego da Lagoinha e suas estradas no ano de 1895.
Fonte: Panorama de Belo Horizonte.

     O arraial do Curral del Rey era servido por diversas estradas que realizavam a conexão entre o arraial e os demais povoados que existiam nas suas proximidades. Com o arrasamento do arraial e o desenvolvimento urbano da capital mineira, todas as estradas desapareceram ou foram absorvidas pela irregular malha urbana da "cidade real". 
     Nesse contexto, um considerável fragmento dos antigos caminhos coloniais foi preservado pelo mais velho bairro da capital, o belo e singular bairro da Lagoinha, mutilado continuamente ao longo do século XX e mesmo atualmente, visto os nefastos planos da atual administração municipal para a região (recomento a leitura do artigo "Ametamorfose de uma paisagem: a construção, o apogeu e o processo de descaracterização do bairro Lagoinha", de autoria da arquiteta Brenda Melo Bernardes e de minha autoria, disponível no link acima). A Rua Itapecerica foi a principal ligação entre o vetor norte e a zona planejada durante grande parte do século XX.
    Como pode-se observar nas imagens, a antiga estrada para Venda Nova e a porção do bairro situada na margem esquerda do córrego da Lagoinha ainda preservam as antigas vias de comunicação, sem dúvida importantíssima não só para o bairro e o seu desenvolvimento, mas para toda a capital, que insiste em fechar os olhos para um dos bairros mais importantes de Belo Horizonte.

Praça Vaz de Melo no ano de 1930. O boêmio largo era o coração da Lagoinha, demolido no inicio da década de 1980 para a eterna ampliação do complexo viário.
Fonte: APM

Rua Itapecerica no ano de 1929, no cruzamento com a Rua Rio Novo.
Fonte: APM

Parte do bairro no ano de 1953, já dissecado pela abertura da Avenida Antônio Carlos vinte anos antes.
Fonte: APCBH





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