Construção do Conjunto JK na década de 1950. Detalhe para o cartaz com a imagem do então candidato a presidência da república.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

     As imagens publicadas nesse pequeno artigo nos remetem as décadas de 1940 e 1950, quando a verticalização da região central e Praça Raul Soares destoava do restante da capital, onde predominavam as casas construídas para uso residencial. É um período onde os arranha céus eram louvados como o simbolo do progresso urbano, em uma cidade construída para ser a princesa da república, um exemplo a ser seguido pelas demais cidades surgidas no período colonial e imperial do Brasil, e onde os elementos naturais passariam a ser vistos como um entrave no desenvolvimento urbano.
     As imagens foram enviadas pelo leitor do blog, o arquiteto Bernardo Carvalho e foram tiradas pelo comerciante Augusto Guerra Coutinho, fundador da loja O Mundo Colegial (1937) cuja qualidade impressionam, assim como a sensibilidade na captação do momento em que a cidade passava por um acentuado processo de crescimento urbano, caminhando a passos largos para a consolidação da metrópole mineira, quando as casas "velhas e sem conforto", segundo afirmou JK em 1941 eram substituídas pelos arranha céus de concreto.
     Agradeço ao arquiteto Bernardo Carvalho e ao neto do Sr. Augusto Guerra Coutinho, Antônio Augusto Coutinho por ceder as imagens, importantíssimas para a compreensão do processo de desenvolvimento de Belo Horizonte e na construção e preservação da memória urbana.

Edifícios Sulacap e Sulamérica e edifício Acaiaca em fase final de construção no inicio do ano de 1947.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

Os mesmos arranha céus em 1948, desde o cruzamento das ruas Tamoios e Rio de Janeiro.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

Praça Sete de Setembro na segunda metade da década de 1940, onde é possível observar o inicio dos trabalhos para a construção do edifício Clemente Faria.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

Edifícios Financial e Capixaba desde a loja O Mundo Colegial na Rua Rio de Janeiro.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

Feira de Amostras em data desconhecida (possivelmente 1948-1955).
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

Construção dos blocos A e B do Conjunto JK na década de 1950.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

Parte da região central e Viaduto de Santa Tereza na década de 1950, desde a Avenida Tocantins.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho

Locomotiva Nº 338 da Rede Mineira de Viação saindo da Estação Central de Belo Horizonte. Atualmente a locomotiva encontra-se exposta em Campinas/SP.
Fonte: Acervo Augusto Guerra Coutinho


2 comentários:

  1. O ed. Capixaba, erguido em 1940, foi o segundo arranha-céu construído em BH a ter mais de 10 andares. O primeiro foi o ed. Ibaté, em 1935.

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  2. Marcos antônio de oliveira02 setembro, 2014

    Fino trabalho gostei , aguardando mais boas historias da nossa amada BH.

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